quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Arauco tiene una pena, que no la puedo callar (Violeta Parra)

Guerra de Arauco (1551-1880) (retirado do site: http://www.dadoshistoricos.hpg.ig.com.br/) muito bom por sinal, desconsiredando-se o portuñol!


A guerra de Arauco é um dos fatos de maior duração dentro da historia nacional chilena, durando trezentos anos e marca profundamente o caráter de Chile e dos chilenos. Se inicia no dia 22 de fevereiro de 1550 quando guerreiros mapuches atacam às hostes castelhanas; mandadas por Don Pedro de Valdivia, nas margens do rio Andalién. Esta longa luta dos araucanos por resistir à ocupação de suas terras, primeiro frente a os espanhóis e logo ante soldados da República, só termina na década de 1880.
Nesta guerra encontrou morte don Pedro de Valdivia em Tucapel, e o governador Martín García Oñez de Loyola em um lugar chamado Curalaba, onde foi atacado polas forças de Pelantaru.
A morte de Oñez de Loyola provocou um levantamento em toda a Araucania. Todas as cidades do sul fora derrotadas: Santa Cruz foi extinta, Chillán foi incendiada, La Imperial e Angol foram abandonadas, apenas Osorno resistiu, e os habitantes de Valdivia foram massacrados pelos homens de Pelantaru.
O governo espanhol pediu ao governo de Chile, a Don Alonso de Ribera, militar de reconhecida experiência para que terminara definitivamente com o problema mapuche.
O primeiro ato, foi estabelecer uma linha fronteiriça recorrida por fortes e guarnições militares no rio Biobio e que lentamente foi avançando para o sul. Estabeleceu um exército permanente de soldados disciplinados que estiveram absolutamente dedicados a suas tarefas e criou um destacamento especial denominado Los Terços de Arauco; para alimentar a os soldados destinou um amplo setor ao sul do rio Maule que se chamou Estância del Rey onde se produzia trigo e alimentos; em Melipilla e outros lugares, estabeleceu fábricas de panos para vestir a os soldados e finalmente conseguiu o envio, desde o Peru, do Real Situado, uma quantidade de dinheiro destinada a cancelar os soldos dos soldados. Não obstante, o rei considerou estas medidas desnecessárias e o substituiu por outro governador.
A Corona espanhola quis terminar definitivamente com o problema para o qual decretou uma Real Cédula no ano 1608 a que declarava escravos a todos os índios maiores de dez anos e às mulheres maiores de nove anos. A medida teve um efeito contrário: a guerra alcançou graus de crueldade incríveis por ambos lados.

O padre Valdivia e a guerra defensiva

No ano 1605 chegou a Chile o jesuíta Luís de Valdivia, que horrorizado pelas direções que tomava a guerra se opôs a escravidão dos mapuches assinalando que a causa de sua sublevação era o trato que recebiam dos espanhóis, já que os faziam trabalhar duramente, os mutilavam e os marcavam com ferros incandescente. Acreditava que era ilícito fazer a guerra aos mapuches, já que eles eram donos da terra onde viviam e eram livres.
Só justificava uma guerra defensiva para proteger a região que já era ocupada pelos europeus e para assegurar o trânsito dos missioneiros para a Araucania. Convencido de suas idéias, visitou ao rei em Lima e ao rei em Espanha.
Finalmente em 1612 obteve o triunfo. Logrou novamente se nomeara governador a Alonso de Ribera e ele mesmo foi nomeado visitador general das províncias de Chile.
A guerra defensiva contemplou os seguintes aspectos:
  • Se manteve a linha defensiva no Biobío.
  • Se manteve o exército permanente.
  • Se manteve o Real Situado.
  • Se estudou um sistema de tributos para os araucanos que substituiria o trabalho em encomendas.
  • Se suspendeu a Real Cédula que declarava escravos aos índios.
  • Se perdoou em nome do rei a todos os rebeldes.
  • Se proibiu a os militares passar ao sul do Biobío.

Apesar dos esforços do padre Valdivia e do governador Ribera, a guerra defensiva não prosperou. Mapuches e espanhóis continuaram lutando. Porém, este tipo de guerra existiu legalmente até o ano 1626, quando Felipe IV autorizou a volta para a guerra ofensiva e declarou vigente a Real Cédula de 1608, que fazia escravos os rebeldes. Os levantamentos foram geralmente encabeçados pelo toqui Lientur e pelo mestiço Alejo. houve grandes combates como os de Las Cangrejeras em 1629 e Albarrada, em 1631.

O sistema de parlamentos

Mais tarde o governador, Francisco López de Zúñiga, marquês de Baides, era partidário de buscar um entendimento com os araucanos; para o qual contou com a ajuda dos jesuítas. Impelido pela idéia, celebrou no ano 1640 uma grande reunião, com os principais chefes mapuches, a beiras do rio Quillín. Houve grandes banquetes, discursos, presentes e promessas de paz e amizade por ambos bandos. Os espanhóis reconheceram a liberdade dos araucanos em seus territórios e estes permitiram o ingresso à Araucania de sacerdotes missionarios.
Novos parlamentos se levaram a cabo durante o século XVII e XVIII, mas a vontade dos araucanos e os interesses dos espanhóis não permitiram a paz. Se seguiram repetindo os levantamentos gerais que invariavelmente terminavam em reuniões onde se prometia a paz. Os parlamentos mais importantes realizados em o século XVIII foram os de Negrete e Lonquilmo na época colonial e vários realizados durante o período republicano.


As missões

Junto à política oficial frente à guerra de Arauco, existiu um trabalho muito importante da igreja, cujo objetivo era converter os araucanos a fé Cristã. Durante o século XVI a penetração de missionários na Araucania foi lenta; os esforços missionários se concentraram em converter a os índios que habitavam o norte do Biobio e em Chiloé; coisa diferente foi com os mapuches. Para convertê-los se fez toda classe de esforços como ensinar gramática e textos em língua mapuche, grandes recorridos e viajes para evangelizá-los.
Os missionários viviam entre os índios em lugares apartados, alguns morreram afogados, outros em manos de aqueles que queriam converter. Se fundaram missões donde ensinavam a ler e escrever a meninos mapuches.
Finalmente e após grandes sacrifícios lograram fazer progressos. Em esta tarefa evangelizadora destacaram os franciscanos, os jesuítas, os mercedários e os capuchinhos.

A guerra de Arauco e os chilenos

A guerra de Arauco, de trezentos anos de duração, influiu notavelmente na vida do país. Hoje os chilenos descendem de dois povos guerreiros: araucanos e espanhóis. O araucano, amante de sua liberdade para reger-se por seus próprios costumes e praticar a religião de seus antepassados, não aceita a escravidão. O espanhol, por sua parte, se inspira no sentido medieval e guerreiro e soldado de Cristo, assim como em seus interesses econômicos para obter mão de obra.
O missioneiro es um homem de fé que cruza rios e montanhas para levar a mensagem de Cristo.
Os espanhóis que chegam a Chile são especiais; já a longa viagem requeria uma grande afeição à aventura. Era um país isolado em que se necessitava ter um espírito de sacrifício, disciplina e vontade para arraigar-se em um território de difícil geografia, de variados e rigorosos climas, enquanto com o outro se empunhava o arado.
Estes fatos deram a nação chilena um selo peculiar que a distinguiu das demais nações americanas.
A Guerra de Arauco, como a denominaram os espanhóis, começou no século XVI e só terminou trezentos cinqüenta anos depois. Esta pacificação se iniciou nos dias da administração de don Manuel Montt, de acordo com o plano apresentado pelo General Cornelio Saavedra. O citado plano consultava não apenas a ação bélica, senão também a penetração pacífica para levar a civilização a todos os âmbitos da Fronteira (fundação de cidades, construção de estradas, telégrafos, criação de escolas, atenção médica, etc.), com o resguardo de unidades do Exército. A resistência araucana em contra dos invasores espanhóis foi tenaz. Prova de isso é que jamais conseguiram subjugá-los. A única arma com a que contavam os araucanos era sua inteligência, seu espírito guerreiro, seu apego à liberdade, a suas tradições e à terra. Estes cinco elementos lhes permitiram desenvolver uma incrível capacidade de adaptação frente a estes poderosos inimigos externos. Os araucanos introduziram novas e revolucionárias táticas e estratégias de combate, isso em função e como resposta às impressionantes capacidades militares espanholas que tantas vitórias ao norte do trópico de capricórnio lhes haviam permitido lograr. Os espanhóis, finalmente, regressaram à península espanhola sem haver jamais logrado estabelecer-se ao sul do Bio-Bio. O único povo indígena a não haver sido jamais submetido na América Latina se os impediu: o MAPUCHE.

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